sábado, 26 de abril de 2014

Que o vento leve o que não me for preciso e só me deixe o que for necessário.


Ontem eu desejei o seu abraço, e ao cair da noite desejei desesperadamente te encontrar em casa após um dia entediante de trabalho, é difícil negar que em noites assim de frio eu não sinta falta do seu calor. Eu quis muito que a nossa história não tivesse um ponto final, eu fiz o que podia e até mesmo o que eu não devia, pra não te ver partir. Mas assim como o frio em algum momento chega, uma hora também vai embora para que o calor apareça. Então você foi, e esqueceu de fechar a porta, esqueceu também de levar todas as lembranças que após um fim se tornam desnecessárias e pesadas para um recomeço. Confesso que ter a porta entreaberta não foi um problema, algo me diz que à qualquer hora uma nova pessoa vai querer adentrar, e quem sabe, talvez por curiosidade, por vontade ou descuido esse alguém goste e queira ficar...
 E quando isso acontecer a minha maior certeza será de que nada acontece por acaso, colhemos o que plantamos, recebemos o que cativamos. Algumas perdas são necessárias para dar espaço para o novo, algumas idas são obrigatórias para algumas chegadas. Hoje eu já não sinto mais aquele frio na barriga ao lembrar seu rosto, e até poderia te encontrar na rua que não sentiria a euforia de te ter junto à mim. Assim como o vento passa e leva os aromas, você passou como folha seca perdida no ar. E sinceramente o que tinha de ficar comigo continua e permanece intacto no mesmo lugar, não lamento as perdas, nem mesmo as idas, se foi é porque não merecia ficar."

     - Josseny Kenny.

Believe.



"Você foi o abraço que por mim poderia durar uma vida inteira, foi a presença que não deveria ter se ausentado. Foi a saudade que deveria não ter existido. Te ver e logo te querer, foi de longe a minha maior loucura, te pedir pra ficar foi a besteira que eu teria repetido quantas vezes fossem necessárias. Mas foi, não é mais. Virou pretérito o que poderia ser futuro e não se tem mais nada a fazer, as coisas seguem e pessoas mudam de caminhos, você que quis soltar a minha mão e naquela esquina qualquer tomamos rumos diferentes. Trilhar um caminho sozinha não é fácil, lembrar o quanto a felicidade estava presente é algo que dói, é algo que as vezes se torna insuportável, mas eu consegui, superei e me reergui. Hoje eu te digo que estou me dando bem, embora o caminho ainda me pareça longo e vazio, algo me diz que antes do fim alguém completará comigo esse percurso, e os dias cinzas vão deixar de existir, o passado vai parar de assombrar as lembranças e aquela antiga possibilidade de felicidade será enfim uma certeza..."

- Josseny Kenny.