sexta-feira, 29 de novembro de 2013



"E nós já não somos mais como éramos. Os desvios da vida nos fizeram seguir caminhos que nós mesmos escolhemos. E olha só como estamos! Acabamos conquistando coisas que planejávamos juntos. É engraçado. A gente conquista tantas coisas ao decorrer, e mesmo assim continuo torcendo pela gente. Não digo ''pela gente'' no sentido de te ver comigo novamente. Afinal muito tempo se passou e olha só pra gente. Somos livres agora. Embora eu realmente desejasse que estivéssemos juntos, estou contente com a forma que estamos escrevendo nossas histórias. Parece absurdo, mas um dia, quem sabe, ainda vamos nos esbarrar em uma esquina, num bar ou em uma rua qualquer. E eu ainda vou lembrar de tudo que vivemos, de tudo que planejamos. E certamente iremos rir de coisas que passamos quando ainda éramos nós, e até mesmo quando deixamos de ser. Mas olha, com ou sem risada, estarei completo, pela felicidade de te reencontrar, por te ver bem sem mim. E por saber que eu também sobrevivi ao nosso fim. Renasci para o meu começo. E estou adorando essa sensação de ter morrido de amor e ainda assim permanecer vivo."

                            - Rogério Oliveira / Josseny Kenny.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013


"Enfim reconheço e até aceito os rumos diferentes que seguimos, já não dói mais a lembrança de te ver virando uma rua contrária a minha. Nossos passos de alguma forma já estavam programados para um dia trilharem estradas diferentes. Mas não digo que foi ruim, pelo contrário. Apesar dos apesares, eu ainda guardo os momentos que por descuido ou vontade dividimos sorrisos, vivemos abraços e fomos conforto também. Guardo a lembrança do seu despertar forçado nas manhãs de segunda-feira. Você sentado à mesa em um feriado qualquer, respirando o vapor da sua caneca de café. E estarei torcendo pra quê você um dia recorde os sorrisos que eu guardei pra você, das vezes que passeei pela casa vestida na sua camisa do 14 Bis, na pretenção de te chamar a atenção. Eu guardarei tudo aqui, mesmo que não haja mais estrada pra nós, mesmo que seja a última parada, o fim da linha, eu as guardarei, as lembrarei. Porque independente de estarmos juntos ou não, te ver feliz me faz feliz. Não quero que pense que não foi intenso, só eu sei a sorte que tive ao te conhecer, mas a regra do mundo, da vida, é essa, ninguém vive pra sempre, tudo muda e a gente se reinventa, se remenda. O 'que seja eterno enquanto dure', durou ! A gente se vai e se encontra quando der.
Saudade agora será a palavra. Lembrança é o que ficou, não sei pra onde você foi ou vai, nem mesmo pra onde vou, mas será teu, pra sempre teu o meu amor.
Por fim, sorte pra você, sorte pra mim, felicidade pra nós."

- Josseny Kenny / Rogério Oliveira.


"Não quero muito, te peço pouco. Relevo as frases sem rima, os risos sem clima, a festa sem banda, a casa sem varanda. Não te cobro muito, não peço nada, não precisa fazer a barba, não precisa forçar a barra. Mas me abraça apertado, me chama pro teu lado, me faz um carinho, me ama mansinho. Me chama pra viver, viver com você ! Vamos dividir essa paz e amanhã seremos muito mais, mais que metades, mais que bobagens. Seremos apreço, saudade com endereço. Seremos rima, sorriso com clima. Festa com banda, casa com varanda... seremos nós, a sós, seremos sempre. Presente."

- Josseny Kenny.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013



"No meio do meu coração calejado, da minha bagunça intensa, do meu choro contido, do meu caos inabitável, da minha tensão diária, do meu apreço por livros, da minha ânsia de vômito, do meu descaso com a vida, dos meus amores pela metade, dos meus sonhos incontroláveis, do meu sarcasmo sem escrúpulos, do meu orgasmo musical, da minha distração em palavras, do meu tesão por barba, do meu medo de gente, do meu grito de criança, eu encontrei você, sereno e sorridente, enquanto meu furacão fazia estrago na tua monotonia."


    - Leticia Frauche.

Mais amor, menos solidão.



"Não, eu não estou na solidão, meu estado civil ou emotivo nada tem haver com solidão. Solidão é o que eu vi nos olhos tristes da vendedora de uma loja super movimentada, solidão é o que eu vi na pressa dos passos daquelas pessoas que estavam na cidade. Solidão é o que eu vi no balançar dos corpos em meio ao vai e vem do ônibus. Solidão é o que eu vi no casal que fingia cumplicidade na praça de alimentação do shopping, solidão é o que a menina bem enturmada sente antes de dormir. Solidão é não ter amor, é ter pressa, solidão é não ter afeto, é fingir companheirismo, solidão é não se cuidar, é se esquecer pra não lembrar alguém. Solidão é ver o dia acabar e suas pernas e coluna estarem doloridas do cansaço que a busca por vaidade e luxos lhe deu. Solidão é ter um coração vázio. Não sou, nem estou solitária, não sou sozinha, as pernas podem até ficarem doloridas, mas o coração está aberto, tem amor, tem afeto, tem paz e o todo o resto."

- Josseny Kenny.

terça-feira, 26 de novembro de 2013




“Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar. Re-amar. Amar.”

  - Caio F. Abreu.